Sejam bem vindos à um novo espaço de divulgação das belezas e riquezas existentes no Município de Lassance-MG...
... Município que situado a 263 km de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Lassance inicialmente era uma região cortada por tropeiros, ligando lugares distantes como Montes Claros, Sabarabussu (Sabará), Diamantina e Coração de Jesus. Em 1850 um tropeiro, chamado Liberato Nunes de Azevedo, construiu os primeiros ranchos às margens do Córrego Maria Grande, hoje Córrego São Gonçalo. Em 1907, surgem as primeiras fazendas dedicadas à agropecuária e à extração de látex em seringueiras e com a chegada da Estrada de Ferro, o desenvolvimento local foi impulsionado. O primitivo arraial era muito modesto, situando-se à beira do Rio das Velhas. A alcunha Lassance foi dada em fevereiro de 1908, em homenagem ao engenheiro chefe da construção da estrada de Ferro Central do Brasil, Dr. Ernesto Antônio Lassance Cunha. Foi elevado a distrito de Pirapora em 1923 e, em 1953, tornou-se município sob a administração de José Soares Dias. HISTÓRICO DA LINHA O ramal de Pirapora, que saía da estação de Corinto, chegou em 1910 a Pirapora, às margens do rio São Francisco, mas para curzar o rio através de uma ponte ferroviária, levou 12 anos, quando foi inaugurada a estação de Independência (Buritizeiro) na margem oposta. Nessa época, o trecho fazia parte da Linha do Centro da Central do Brasil. Nos anos 1930, entretanto, com a maior afluência de tráfego na linha para Monte Azul, esta passou a ser parte do tronco e o trecho Corinto-Pirapora passou a ser apenas um ramal. Na mesma época, Buritizeiro foi desativada, junto com a ponte sobre o São Francisco. O ramal nunca passou dali, ao contrário dos planos de 1922, que pretendiam chegar a Belem do Pará. No final dos anos 1970, o tráfego de passageiros foi desativado no trecho. A linha permanece ativa até hoje (2003), pelo menos oficialmente. Ainda há trilhos sobre a ponte do São Francisco... A ESTAÇÃO Quando a Central do Brasil chegou em 1907 com seu prolongamento da linha na atual Lassance, encontrou um povoado já com escola, pensão e alguns moradores. Ela imediatamente construiu um estacionamento, construindo as dependências necessárias ao serviço e residências para os seus trabalhadores. Um dos engenheiros, Antonio Lessa, erigiu ainda outras moradias e uma nova escola, além de um salão para exibições artísticas - anos depois transformada em Casa Paroquial. Logo em seguida, um surto epidêmico atacou o povoado, inclusive funcionários da Central. Mesmo assim, em 1908 foi inaugurada a estação, com o nome de Lassance, homenagem ao chefe da construção da EFCB em 1894, Ernesto Antonio Lassance Cunha. A partir daí começou o desenvolvimento do povoado, finalmente instalado como município em 1954. A estação, hoje (2006), está abandonada, depredada e em ruínas. Fica fora da cidade, o que facilita a sua degradação. Lassance é uma cidadezinha muito calma. As construções ao redor da estação são as mais antigas e bonitas. Nesta área também não há asfalto. A cidade cresceu em direção à BR e a ferrovia ficou esquecida. A estação tem 2 blocos. O que eu creio seja o mais antigo (construção igual a Buritis) é o de 100% alvenaria. Creio que posteriormente foi construído o 2o bloco de madeiras cruzadas e alvenaria. Outra evidência disso é o nome Lassance escrito no dístico que ficou coberto onde é o hall ou lobby entre os dois blocos. Uma bela casa da Central do Brasil serve de base para a PM do local. Lassance hoje conta com uma população de 6.301 habitantes e tem como atividades econômicas básicas o cultivo de diversas culturas. Há também áreas de reflorestamento com Eucalyptus, produção de carvão vegetal e pecuária de corte. Lassance possui lindas cachoeiras e ainda preserva belos exemplares de vegetação do cerrado.